A Dra. Aline M. B. Matos, neurologista com expertise em doenças neuroimunológicas, oferece tratamento e acompanhamento especializado para pacientes com Polineuropatias Inflamatórias.
As polineuropatias inflamatórias autoimunes são um grupo de doenças em que o próprio sistema imunológico ataca os nervos periféricos. Os nervos periféricos são responsáveis por levar informações do cérebro e da medula espinhal para todo o corpo (músculos e órgãos), bem como trazer de volta sensações (tátil, dor, temperatura). Quando sofrem um processo inflamatório de origem autoimune, podem ocorrer sintomas como fraqueza muscular, dormência, formigamento ou até dor nos braços e pernas.
Existem diferentes tipos de polineuropatias inflamatórias, sendo algumas das mais conhecidas:
Síndrome de Guillain-Barré (SGB): Geralmente de início agudo, com fraqueza progressiva que pode começar nas pernas e subir para outras partes do corpo.
Polirradiculoneuropatia Desmielinizante Inflamatória Crônica (CIDP): Similar à Guillain-Barré, porém com evolução mais lenta ou recorrente, ao longo de semanas ou meses.
Outras variantes (como a neuropatia motora multifocal, variantes axonais, etc.).
Embora cada uma tenha características próprias, todas envolvem inflamação autoimune nos nervos, causando alterações na condução dos impulsos nervosos.
O diagnóstico dessas condições pode envolver uma combinação de exames clínicos e complementares:
Avaliação clínica e exame neurológico:
O(a) neurologista investiga os sintomas de fraqueza, alterações de sensibilidade, início e evolução do quadro, além de realizar testes específicos para avaliar reflexos, força muscular e sensibilidade nos membros.
Eletroneuromiografia (ENMG) e Estudos de Condução Nervosa:
Esses exames avaliam o funcionamento dos nervos e dos músculos, ajudando a identificar se há um padrão de desmielinização (perda da camada que protege o nervo) ou de dano axonal (a parte “central” do nervo), e se o processo é uniforme ou afeta nervos específicos.
Exame de Líquido Cefalorraquidiano (LCR):
Coletado por punção lombar, pode mostrar aumento de proteínas ou outras alterações que indiquem uma inflamação de origem autoimune, ajudando na distinção de outras causas, como infecções.
Exames de sangue e testes complementares:
Podem ser realizados para excluir outras causas de neuropatia (como diabetes, deficiências nutricionais, doenças reumatológicas e infecciosas).
Exames de imagem:
Em algumas situações, a ressonância magnética de raízes nervosas ou de plexos pode ser útil para detectar inflamações ou espessamentos nas estruturas nervosas.
O tratamento das polineuropatias inflamatórias autoimunes tem como objetivo controlar o processo inflamatório, aliviar sintomas e, na medida do possível, reverter o dano nervoso:
Imunoglobulina Intravenosa (IVIG):
Geralmente considerada tratamento de primeira linha, a IVIG ajuda a regular a resposta imunológica, reduzindo a inflamação nos nervos.
Corticosteroides (corticoterapia):
Medicamentos como a prednisona podem reduzir a inflamação autoimune, principalmente em casos de CIDP ou outras formas crônicas.
Plasmaférese (troca de plasma):
Indicada em algumas situações, especialmente quando há agravamento rápido dos sintomas ou quando a IVIG ou os corticoides não surtem o efeito desejado. A plasmaférese remove anticorpos nocivos da circulação.
Imunossupressores:
Em quadros mais persistentes ou recorrentes, pode ser necessário o uso de outros imunossupressores (por exemplo, azatioprina, micofenolato de mofetila, rituximabe), de acordo com a avaliação do especialista.
Reabilitação e suporte
Fisioterapia e terapia ocupacional:
Importantes para manter ou recuperar a força e a função dos membros, bem como ajudar na adaptação às limitações temporárias ou permanentes.
Fonoaudiologia:
Pode ajudar nos casos em que há acometimento de nervos relacionados à deglutição ou fala.
Apoio nutricional:
Em situações de debilidade, uma nutrição adequada auxilia na recuperação geral.
Ed. Cardeal Arcoverde Business
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(SOMENTE: Esclerose Múltipla, Neuromielite Óptica, Encefalites, Miastenia Gravis e outras doenças autoimunes do Sistema Nervoso)
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