Esclerose Múltipla

Dra. Aline Moura Brasil, neurologista com expertise em doenças neuroimunológicas, oferece tratamento e acompanhamento especializado para pacientes com Esclerose Múltipla (EM).

Compreendendo a Esclerose Múltipla

A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença inflamatória crônica e autoimune que afeta o sistema nervoso central (cérebro e medula espinhal). Na EM, o próprio sistema imunológico ataca a bainha de mielina, uma camada protetora que reveste as fibras nervosas. Essa bainha ajuda na condução dos impulsos nervosos; portanto, quando ela é danificada, a comunicação entre o cérebro e o restante do corpo fica comprometida.

A doença pode se apresentar de formas diferentes em cada pessoa. Em muitos casos, ela ocorre em surtos, isto é, períodos com sintomas novos ou agravados, seguidos de melhora ou remissão. Algumas pessoas podem ter um curso mais progressivo, com evolução lenta e gradual dos sintomas.

Principais sintomas

A apresentação clínica da Esclerose Múltipla pode variar amplamente entre os pacientes, dependendo da localização e da extensão das lesões no sistema nervoso central. Os sintomas comuns incluem:

  • Fadiga intensa,
  • Alterações de sensibilidade (formigamento, dormência),
  • Problemas de visão (visão embaçada ou perda de parte do campo visual),
  • Dificuldades motoras (fraqueza, falta de coordenação),
  • Alterações no equilíbrio,
  • Sintomas cognitivos (problemas de memória, atenção ou concentração),
  • Alterações emocionais (depressão, ansiedade).

Diagnóstico

O diagnóstico de Esclerose Múltipla é realizado por meio de uma combinação de avaliações clínicas e exames complementares. Entre os principais, destacam-se: História clínica e exame neurológico: O neurologista investiga o histórico de sintomas e realiza testes para avaliar reflexos, coordenação motora e sensibilidade. Ressonância Magnética (RM): A RM de cérebro e medula espinhal é fundamental para detectar lesões características da doença em diferentes regiões e em momentos distintos (antigas e novas), o que ajuda a confirmar o diagnóstico de EM. Análise do Líquido Cefalorraquidiano (LCR): Coletado por meio de punção lombar, o líquor pode apresentar alterações de proteínas e células imunológicas típicas da EM. O conjunto dessas evidências, aliado ao critério clínico (tempo de surgimento dos surtos e locais acometidos), permite o diagnóstico mais preciso de Esclerose Múltipla.

Tratamento e Manejo da Esclerose Múltipla

Embora a Esclerose Múltipla não tenha cura, há diversos tratamentos que ajudam a controlar a atividade inflamatória, reduzir a frequência e a gravidade dos surtos e retardar a progressão dos sintomas:

Terapia modificadora da doença:
Inclui medicações que atuam no sistema imunológico para diminuir a inflamação e a destruição da mielina. Alguns exemplos: fumarato de dimetila, fingolimode, natalizumabe, ocrelizumabe, ofatumumabe, entre outros. O médico escolherá a terapia mais adequada de acordo com o tipo de EM e as características de cada paciente.

Tratamento de surtos (corticoterapia):
Em crises agudas, muitas vezes são administrados corticosteroides em doses altas (geralmente metilprednisolona intravenosa) para diminuir rapidamente a inflamação e aliviar os sintomas.

 

Reabilitação e suporte

Fisioterapia, terapia ocupacional e fonoaudiologia:
Importantes para reabilitar ou manter a função motora, a coordenação e a fala/linguagem.

Suporte psicológico:
Auxilia no gerenciamento de alterações emocionais e na adaptação aos desafios impostos pela doença.

Manejo de sintomas específicos:
Por exemplo, uso de medicamentos para fadiga, dores, espasticidade (rigidez muscular), incontinência urinária e outros problemas que podem surgir no curso da EM.

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